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especial mobilidade eléctrica | opinião

Mobilidade elétrica conquista território

Joana Cardoso, diretora de Comunicação e Transformação da Renault Portugal





Amobilidade elétrica é definitivamente um assunto na ordem do dia da sociedade no global, mas para nós, Renault, é um desafio que encetámos há 10 anos, altura em que era um tema que estava na agenda de poucos construtores automóveis. Ao longo destes 10 anos criámos uma verdadeira gama de automóveis 100% elétricos, temos tido recorrentemente o automóvel elétrico mais vendido na Europa e em Portugal, com o nosso best-seller Renault ZOE, e alargámos o nosso conhecimento e experiência nesta matéria aos nossos híbridos.

Falar de mobilidade elétrica é falar em meios de locomoção mais amigos do ambiente, mas é também falar de uma grande economia de utilização, e isso começa a ser um ponto vital também na hora de as pessoas e/ou empresas escolherem o seu novo automóvel. Ainda recentemente, e com a pandemia, foi notório para todos nós os benefícios para o meio ambiente de não termos diariamente nas ruas das nossas cidades os automóveis com motores de combustão e gases de escape, o que veio acelerar a sensibilização das pessoas para esta realidade. Ainda assim, importa perceber que os automóveis são responsáveis por uma “pequena” percentagem dos gases nocivos que diariamente são emitidos para a atmosfera, pois os transportes públicos, os transportes de mercadorias, os aviões e os barcos são muitíssimo mais poluentes. Mas as vantagens para o utilizador vão muito para além do ambiente.

A parte mais visível reside mesmo no nosso bolso, uma vez que o utilizador, por exemplo, de um Renault ZOE pode percorrer cada 100 km por menos de €3, quando num económico automóvel a gasóleo esse custo é de mais de €6,50 e num a gasolina de cerca de €10. Mas as vantagens económicas não se esgotam aqui, pois também ao nível da manutenção um automóvel 100% elétrico é francamente menos dispendioso do que um térmico. Mas como o planeta Terra é de todos e para todos, todos os indivíduos e instituições têm um papel a desempenhar na sua preservação, e a Renault tem feito o seu e continuará nesta demanda rumo a atingir a neutralidade carbónica na Europa já em 2040.

Para tal, temos trabalhado em várias direções, que vão muito além da linha do produto automóvel. Criámos a primeira fábrica europeia de economia circular, convertendo a nossa maior fábrica de automóveis (Flins) numa fábrica de reciclagem e reutilização. Integrámos um projeto que muito nos orgulha na ilha de Porto Santo, que pretende ser o primeiro território mundial livre de combustíveis fósseis, onde damos segunda vida a baterias oriundas de automóveis, aproveitando-as para armazenar energia proveniente de fontes renováveis, desenvolvemos o V2G (Vehicle to grid), tecnologia que permite o automóvel devolver à rede doméstica a energia que tem na sua bateria, e temos trabalhado no desenvolvimento do hidrogénio para utilização nos nossos automóveis, entre muitas outras iniciativas. Ainda assim, e como referimos anteriormente, este papel não pode ser apenas e só da responsabilidade das marcas de automóveis, tem de ser um papel de todos os agentes da sociedade, desde logo também dos governos, pois importa liderar pelo exemplo e criar condições para que as pessoas possam acreditar e comportar a transição para a mobilidade elétrica.

Como qualquer nova tecnologia, é mais dispendiosa, e os €3000 de incentivo do Fundo Ambiental no caso dos veículos de passageiros, válido apenas para os particulares, é manifestamente pouco quando comparado com outros países da União Europeia, como, por exemplo, Croácia (€9200), Estónia (€5000), França (até €7000), Alemanha (€9000), Hungria (€7350), Espanha (até €5000) e Itália (até €6000). Para além disso, temos assistido a mudanças nos mesmos de orçamento para orçamento, criando incerteza e insegurança nos clientes É imperioso reconhecer que não podem ser os clientes e as marcas a arcarem com os custos desta transição que a todos beneficia e que vai ser uma realidade, seguramente.