MENU
dossiê promocional
Região Centro | abertura

Uma região inovadora empenhada no futuro

O Centro de Portugal é um território que se desenvolve desde o litoral, densamente povoado, até ao interior agrícola e florestado. Nele, as boas ideias fermentam, dando origem ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, que contribuem para melhorar a capacidade competitiva das suas empresas

Texto: José Miguel Dentinho



C om mais de 100 municípios, a Região Centro é sobretudo um espaço onde há quase tudo o que Portugal tem de bom para oferecer e que os portugueses sabem fazer bem.

Exportação de frescos mantém crescimento

É nesta zona do território nacional que fica uma parte significativa da sua produção de hortícolas, frutícolas e plantas ornamentais, sector que exportou €1683 milhões em 2020, segundo o Instituto Nacional de Estatística, mais 4,4% do que no período equivalente anterior. Os principais destinos foram os países europeus, com destaque para Espanha, França, Reino Unido, Holanda e Alemanha.

No Centro também existe uma parcela significativa de floresta, sobretudo no interior. Por isso não é de estranhar que boa parte dos produtores nacionais de pasta e de papel tenham as suas instalações de transformação na região. Dados do INE indicam que em 2020 as exportações de pasta, papel e cartão diminuíram cerca de 13,0% face ao ano anterior. No entanto, o sector foi fundamental para o equilíbrio da balança comercial portuguesa num contexto internacional desfavorável, devido aos efeitos da pandemia de covid-19, com o valor das exportações a ultrapassar os €2,3 mil milhões, o que correspondeu a cerca de 4,3% do total das exportações nacionais. O sector registou um valor de exportações sensivelmente igual ao dobro do valor das importações, num ano em que as exportações de pasta, papel e cartão representaram cerca de 50% do valor das exportações dos produtos de base florestal.

Na Região Centro de Portugal são produzidos automóveis e seus componentes, moldes, objetos de vidro e cerâmica e produtos farmacêuticos, entre outros. O Centro abrange parte da Região Vitivinícola de Lisboa, a Bairrada, Dão, a Indicação de Proveniência Regional Beiras e a Beira Interior. A sua qualidade tem sido atestada pelas notas de críticos e pelos resultados em concursos nacionais e internacionais da especialidade. Os seus azeites, carnes, fumados e enchidos são reconhecidos, tal como alguns dos seus queijos. Basta lembrar os de Castelo Branco, o Serra e o Rabaçal.

A Região Centro foi considerada, em 2021, como uma das mais inovadoras de Portugal pelo Regional Innovation Scoreboard, painel de avaliação da inovação regional elaborado pela Comissão Europeia, que compara o desempenho dos sistemas de inovação em 238 regiões de 23 Estados-membros da União Europeia. Apesar de o nosso país ser considerado um inovador moderado por este ranking, houve uma evolução positiva em todas as regiões do país. Mas somente o Norte e Lisboa acompanharam o Centro como regiões fortemente inovadoras. Já nos primeiros meses do ano passado, foram feitos 401 pedidos de invenção em Portugal, 120 (35,1%) dos quais na Região Norte, 115 (33,6%) na Área Metropolitana de Lisboa e 79 (23,1%) no Centro, segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O contributo das universidades e dos centros de investigação, em parceria com as empresas, tem sido relevante para a capacidade inovadora da região Centro

Aposta na inovação

Num mercado global fortemente concorrencial em todos os sectores da economia, não basta apenas fazer e servir bem. Para se diferenciarem, as empresas, e mesmo os países, têm de procurar apresentar aos seus clientes e aos mercados produtos e serviços distintos, diferentes dos da concorrência, mas sempre com qualidade. É um trabalho que demora muitas vezes anos a concretizar, desde a ideia à materialização do produto ou serviço, e mais outros tantos a implementá-lo no mercado, onde é necessário saber comunicá-lo, comercializá-lo e colocá-lo nos clientes de forma economicamente sustentável, porque a obtenção de margem comercial é essencial para cobrir o investimento, os custos de produção e outros e gerar lucros para as empresas e os seus acionistas.

Em Portugal, o contributo das universidades e dos centros de investigação, em parceria, ou não, com as empresas, tem sido relevante para a capacidade inovadora do país. Por exemplo, no estabelecimento de uma mentalidade aberta à inovação entre as pessoas, como acontece na Universidade de Aveiro (UA), onde há diversas disciplinas nos seus cursos dedicadas ao tema. Esta instituição realiza também um ciclo dedicado à inovação empresarial, com temas como a gestão da inovação e a investigação & desenvolvimento, em cooperação entre universidades e empresas.

Para além dos centros de ensino e investigação, com realce para as Universidade de Aveiro, de Coimbra e da Beira Interior e de toda sua capacidade de inovar e produzir, a Região Centro é também um espaço de fruição e lazer.

Muito para ver e fazer

Desde o litoral, de praias e cidades sedutoras, incluindo a Nazaré, onde se espraia a maior onda do mundo, Aveiro, a terra dos canais, dos moliceiros e do bom bacalhau, Peniche, Figueira da Foz e outras, até ao interior beirão, onde o casario é mais esparso e a Natureza se evidencia, muito há para fazer e visitar, a pé, de bicicleta ou em veículos motorizados, e apreciar à mesa. No final do dia, sentar, para um repasto, num restaurante tradicional a saborear uma chanfana ou um cabrito assado no forno, na companhia de grelos cozidos e batata assada e de um tinto do Dão ou da Bairrada com alguns anos, é um momento único de prazer. Num momento em que se perspetiva a retoma económica, com o atenuar dos efeitos nefastos da pandemia na saúde, devido sobretudo à vacinação, é preciso agora a recuperação da atividade turística. Face ao impacto negativo que a pandemia teve nos fluxos turísticos para a região, o presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado, defende a “consolidação do mercado interno”, para que haja “mais portugueses e mais vezes ao longo do ano” a visitarem a Região Centro, e o “retorno da confiança de mercados internacionais”, como o Brasil, Estados Unidos, Canadá e Europa.