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transformação digital | entrevista

Na inCentea, o cliente é um Parceiro de Negócio

António Poças, Presidente do Conselho de Administração da inCentea

Entregar soluções de gestão inteligentes, autossuficientes e preditivas é hoje o grande desafio das empresas, que, como a inCentea, utilizando tecnologia, ajudam outras organizações a melhorar os seus processos de gestão. O trabalho em parceria garante maior abrangência e especialização





T omar as melhores decisões com o melhor suporte informativo e com a rapidez que o mundo de hoje exige é o objetivo de qualquer gestor e também o que, na opinião de António Poças, presidente do conselho de administração da inCentea, materializa o valor acrescentado do trabalho do grupo empresarial que dirige. Há mais de três décadas no mercado das tecnologias da informação, oferecendo soluções de gestão à medida de cada cliente, a inCentea disponibiliza um serviço ‘chave-na-mão’, que inclui diagnóstico, consultoria, proposta de solução e implementação. Em entrevista à EXAME, o administrador do grupo revela em que se diferencia, como se posiciona e quais as perspetivas de futuro.

Com uma história de 35 anos e diferentes fases de crescimento, a inCentea é hoje um grupo de empresas focadas no apoio à transformação digital das organizações. Podemos descrever o grupo desta forma?

Claramente que sim. Com um enfoque grande no que chamamos as tecnologias de gestão. Isto é, utilizar a melhor tecnologia e as melhores práticas disponíveis para incrementar a performance de gestão das empresas, com especial foco nos processos de gestão. Se há 10 anos o desafio era a conectividade dos utilizadores, nos dias de hoje é seguramente entregar soluções mais inteligentes, autossuficientes e preditivas.

O grupo dispõe de quatro áreas de negócio, que oferecem serviços de tecnologias de informação e comunicação, marketing e inovação, consultoria de negócio e engenharia de produto. Qual a área mais forte?

A área das tecnologias de informação é a mais forte, mas é apenas um dos componentes dos sistemas de informação. As pessoas e os processos podem fazer a diferença e, por este motivo, a consultoria está sempre associada. Todos os nossos projetos têm uma componente grande de consultoria no diagnóstico e proposta de solução.

Com esta abrangência de serviços, os clientes podem encontrar na inCentea uma solução chave-na-mão?

É um dos nossos propósitos entregar soluções globais e integradas, o que muitas vezes fazemos envolvendo parceiros. Entendemos que na sociedade do conhecimento em que vivemos a cooperação permite-nos endereçar com maior abrangência e especialização os projetos que realizamos nos nossos clientes e que ‘coopetindo’ seremos mais fortes.

Tendo em conta os serviços que oferece, quais os fatores de diferenciação da inCentea?

Resumiria em três vertentes: proximidade, metodologia e capacidade. Proximidade porque conhecemos o negócio do cliente e percebemos as suas ‘dores’. Metodologia porque, mesmo que os clientes possam não o reconhecer num primeiro momento, as metodologias com que trabalhamos são o garante do sucesso dos projetos, pois permitem, através de frameworks específicas, responder de forma mais adequada às exigências dos segmentos de negócio que a nossa oferta acomoda. Por último, capacidade porque, apesar de não estarmos livres de errar, procuramos ter a capacidade de corrigir o que estiver menos bem e de seguir em frente. Isso é conseguido devido à qualidade das nossas pessoas e à capacidade de se reinventarem na busca da melhor solução para o cliente.

E que valor acrescentam aos vossos clientes?

Acreditamos que o que fazemos nos nossos clientes contribui significativamente para que tenham mais, melhor e mais bem tratada informação de gestão, podendo assim acompanhar o dia a dia da empresa de uma forma facilitada e tomar as decisões necessárias com toda a informação relevante disponível e no tempo certo.

As ferramentas de gestão são essenciais para organizações de qualquer sector ou dimensão. Diria que hoje há essa consciência por parte do mercado, mesmo quando falamos de microempresas?

Estou certo de que sim. Mesmo as microempresas procuram nessas ferramentas respostas que as necessidades de gestão hoje exigem e com a rapidez necessária ao negócio. O que pode faltar neste segmento de empresas é a noção do quanto isso pode custar e, sobretudo, encarar esse investimento como prioritário.

Até que ponto a pandemia ajudou a alterar as mentalidades e contribuiu para uma aceleração da transformação digital?

Esse tema já foi muito escalpelizado e é certo que sim. Por exemplo, o teletrabalho. Numa semana, a pandemia colocou milhares de pessoas a trabalhar em casa. A tecnologia já existia, mas, na prática, só era utilizada pontualmente. De repente generalizou-se sem sequer pensarmos muito bem no assunto! Estou convicto de que nem em 10 anos teríamos chegado onde já estamos. A pandemia ajudou a evidenciar que é possível! A tecnologia faz uma parte, mas as pessoas fazem a outra. Por isso, nesse aspeto, a pandemia trouxe a confiança que faltava.

Diria que as empresas estão hoje mais preparadas para a retoma pós-pandemia e para lidar com os desafios que agora se colocam, com uma guerra em curso, uma inflação a crescer e uma crise que já se adivinha, por estarem melhor equipadas tecnologicamente?

Gostaria de dizer que sim, mas, pessoalmente, não estou certo disso. É verdade que as empresas estão tecnologicamente mais bem equipadas, criaram dinâmicas de mudança e de adaptação muito mais rápidas e eficientes, o que pode contribuir para endereçar os problemas atuais. Mas temos que perceber que a crise energética, a falta de matérias-primas e todos os outros problemas que atualmente enfrentamos exigem respostas de outra natureza, nomeadamente de dimensão política e a nível europeu.

São parceiros dos principais fabricantes de software de gestão e de cibersegurança. Isto significa que a vossa oferta é desenvolvida à medida das necessidades dos clientes e adaptada ao mercado que endereçam?

Claro. A nossa oferta está segmentada em três níveis de soluções e, para cada um, procuramos encontrar os melhores players do mercado. Nomeadamente no segmento principal, o corporate, só com uma parceria forte com os fabricantes que participam connosco nos projetos é que é possível dar a resposta que os clientes exigem.

Fundação:1987
(35 anos de atividade)
Presença global:9 países

Iniciaram, em 2007, um percurso de internacionalização e estão hoje em nove países. Qual o modelo de negócio para estes vários mercados?

O nosso processo de internacionalização teve duas fases. Num primeiro momento, e em cooperação com alguns concorrentes, seguimos o movimento de internacionalização de um dos nossos mais relevantes parceiros, a Primavera, num modelo de negócio muito próximo do que fazíamos em Portugal. Num segundo momento, avançámos para alguns países com um modelo de negócio diferente, mais focado em termos de oferta e de mercado-alvo e aproveitando nichos onde poderíamos ser diferenciadores.

A escolha dos mercados de internacionalização está relacionada com a proximidade linguística e, nos casos europeus, com a proximidade geográfica?

Sim, podemos dizer isso, mas, como já referi, num primeiro momento também com as opções de um fabricante.

Que percentagem do vosso negócio resulta da internacionalização?

Cerca de 20%.

Que balanço faz dos últimos dois anos e do impacto da pandemia no vosso negócio?

O balanço que fazemos é positivo. Notámos falta de projetos de maior dimensão, mais estruturantes, mas não nos faltou trabalho no suporte aos clientes. O impacto podemos dizer que foi principalmente termos estado em teletrabalho, uma mudança muito rápida e não devidamente planeada, mas que correu muito bem. As pessoas, de uma forma geral, ajustaram-se a esta nova realidade e podemos dizer que os resultados são positivos. Podemos também afirmar que a nossa estrutura de valores se revelou fundamental na escolha das pessoas certas para termos uma equipa diferenciadora e para superarmos de forma tão positiva esta pandemia. Falta agora procurar e encontrar o equilíbrio entre estas realidades. É o que estamos a fazer.

Quais os objetivos e prioridades para 2022?

Temos claramente um objetivo de crescimento. Vamos continuar a apostar na segmentação da nossa oferta, no foco das nossas equipas no que realmente é essencial e em continuar a consolidar a nossa presença no mercado corporate.

De que forma estão a lidar com a escassez generalizada de talentos no sector das TI? Como atraem e retêm os melhores?

Estamos a enfrentar o problema e a procurar as melhores soluções para o resolver. Em primeiro lugar, estamos convictos de que não há uma solução única, mas sim um conjunto de respostas articuladas, que, em conjunto, nos ajudarão a superar este constrangimento. Começámos por ‘dentro de casa’ e reconvertemos pessoas de umas áreas para outras. E tentamos fazer o mesmo no exterior: procuramos pessoas que estão noutras áreas e ajudamo-las a reconverterem-se e a adquirirem as competências de que precisamos. Seguimos também as alternativas ao recrutamento tradicional, nomeadamente em outras geografias, em modelos de contratação 100% digitais. Ao mesmo tempo que fazemos tudo isto, tentamos também tornar-nos mais conhecidos e apetecíveis para as pessoas virem trabalhar connosco, investindo no fortalecimento (e divulgação) da nossa cultura interna. Em termos de atratividade, continuamos a reforçar a aposta de sempre: cuidar das nossas pessoas! Nos últimos tempos temos vindo a apostar ainda mais em modelos e iniciativas para a gestão da diversidade, de forma a potenciar a atratividade de novos talentos e o encanto contínuo dos que já fazem parte da equipa.

As universidades são uma boa fonte de talento para a inCentea?

As universidades e os politécnicos são, claro, uma boa fonte de talento para a inCentea, mas não chegam, porque não há em número suficiente e porque por vezes precisamos também de recrutar pessoas já com experiência.