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especial GESTÃO DE FROTAS | ABERTURA

Frotas aceleram com transformação digital

Soluções de gestão de frotas eficientes, financeiramente equilibradas e que respondam às efetivas necessidades empresariais, é o que qualquer empresa ambiciona. A gestão das frotas, as condições de financiamento e as diferentes ofertas da indústria estão no centro da gestão empresarial.



Gerir uma empresa ou um negócio envolve diferentes componentes e a gestão da frota automóvel, seja de ligeiros ou pesados, é uma delas. E aqui podem começar as dores de cabeça para o líder de uma empresa, primeiro porque, em princípio, não é esse o core business do seu negócio, e têm de contratar esse serviço mantenho os custos controlados. Depois, porque são inúmeras as possibilidades para construir e gerir uma frota empresarial. A começar pela oferta da indústria automóvel para este segmento de mercado, segmento este em que, como refere em entrevista (nas páginas seguintes) o secretário geral da Associação Automóvel de Portugal, “as gestoras de frotas constituem hoje em dia um canal de distribuição com um peso considerável no mercado automóvel, tendo vindo a ganhar dimensão nos últimos anos”.

Por outro os múltiplos sistemas de financiamento disponibilizados e nos quais o Aluguer Operacional de Veículos (AOV), onde se incluem formatos como Leasing ou Renting, têm vindo a marcar pontos nos últimos anos. O próprio presidente da associação do setor, a ALF, reconhece que esta atividade “permite às empresas e instituições aceder a uma solução de mobilidade que inclui todos os aspetos relevantes para a gestão e manutenção das viaturas”. Na ótica de Alexandre Santos, o AOV “é sinónimo de uma gestão de frotas eficiente e operacional, sendo bastante utilizado pelas empresas e revelando-se uma ótima solução para a renovação de frotas em Portugal”.

Indústria mantém o ritmo

Peça fundamental nesta equação, a indústria automóvel tem revelado indicadores estáveis nos primeiros meses deste ano. Em fevereiro, por exemplo, registou uma subida de 5% de veículos matriculados, face ao mesmo mês do ano passado.

No balanço de 2019, a associação do setor, a ACAP-Associação Automóvel de Portugal, constatou que os veículos movidos a energias alternativas revelaram um crescimento significativo, passando os veículos elétricos a representar 3,1% do mercado. Esta percentagem, assinala um ganho de quota de mercado registado pelos elétricos, assim como pelos híbridos plug-in.

No computo geral do ano, e apesar de a produção ter registado um crescimento face a 2018, o mercado automóvel teve uma ligeira quebra (na ordem dos 2%) na venda de veículos novos.

Elétricos sobem nas preferências, mas...

Os dados mais recentes do Observador Cetelem Automóvel 2020 permitem constatar que metade dos portugueses tenciona mudar para um veículo elétrico. Ou seja, 46% dos inquiridos do relatório considera a escolha de veículos elétricos e 52% revelou ponderar a aquisição de veículos híbridos. O relatório alude ao facto destes números representarem uma crescente consciência ambiental por parte dos utilizadores.

Contudo, e apesar desta notória consciencialização para as questões ambientais, o relatório indicia que a intenção global de compra de automóvel a gasolina continua a estar no topo das preferências de 59% dos inquiridos. De qualquer forma, uma ressalva para o facto de a intenção de compra de um veículo híbrido ter registado um aumento de 49%, e os totalmente elétricos ter subido 33%.

Já a compra de modelos a diesel soma apenas 32% das intenções de compra.

Frotas seguem a tendência?

Estas conclusões, ainda que direcionadas sobretudo para o mercado particular, apontam tendências que inevitavelmente se refletirão no setor empresarial da gestão de frotas, se bem que neste setor particular entram em linha de conta outros fatores. Ou seja, na equação de equilíbrio entre investimento/ rentabilidade que as empresas não podem descurar, os gestores de frotas confrontam-se com aspetos como os incentivos fiscais à compra de veículos elétricos, a autonomia dos veículos e a distribuição geográfica dos carregadores elétricos, entre muitas outras questões que ainda estão pouco claras para as empresas para que esta seja, por enquanto, uma verdadeira alternativa.

A intenção de compra dos veículos elétricos subiu para 33%

Apesar de tudo, as vantagens da mobilidade elétrica são destacadas pela generalidade dos especialistas, a começar pelo custo de utilização (TOC – Total Cost Ownership) dos veículos elétricos que nesta componente, adivinham-se mais interessantes para as empresas, comparativamente aos veículos a diesel, resultado da apelidada fiscalidade verde. Esta apresenta vantagens, nomeadamente em termos de isenção de tributação autónoma, recuperação do IVA, ou ainda isenção de imposto de circulação, por exemplo.

A estes benefícios associados ao custo de utilização, juntam-se ainda o facto destes veículos exigirem menos manutenção e também poderem usufruir de descontos de estacionamento em algumas cidades, a nível nacional.

Ainda assim, e apesar dos contratempos, segundo a ACAP, as vendas de automóveis elétricos no nosso país, registaram um aumento na ordem dos 43,3% nos dois primeiros meses deste ano, com um total de 1693 unidades.


Dicas para gerir uma frota

Gerir eficazmente o conjunto de veículos pesados e ligeiros que andam na rua, saber exatamente onde circulam, o estado em que se encontram é muitas vezes uma missão impossível para quem gere o negócio. Mas a tarefa pode ser simplificada se forem acionadas algumas regras de funcionamento. Vejamos alguns exemplos que podem evitar que a situação saia do controlo:
■ Comece por estabelecer o número exato de veículos que precisa para que o investimento seja racionalizado;
■ Organize um mapa de deslocações, com os percursos e respectivas distâncias;
■ Coloque sistemas de geolocalização;
■ Instale alarmes porque em caso de roubo, por exemplo, a empresa é avisada.
■ Avalie os consumos e o tipo de condução dos colaboradores.

Leasing e Renting marcam pontos

Das múltiplas possibilidades de financiamento disponíveis no mercado – como as soluções de crédito bancário que quase todas as instituições bancárias disponibilizam – o Renting e o Leasing têm vindo a conquistar o seu espaço no mercado. O presidente da ALF lembra que “o Renting e o Leasing são cada vez mais reconhecidos como soluções muito competitivas de controlo e previsibilidade de custos e de acesso à inovação que têm caracterizado o setor automóvel”. (ver entrevista).

No ano passado, a evolução destas formas de financiamento especializado revelou um crescimento sustentável, concretamente no primeiro semestre, de acordo com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

O Leasing de Viaturas registou uma produção de 720 milhões de euros, enquanto o Leasing de Equipamentos foi responsável por investimentos no valor de 367 milhões de euros.

No caso do Renting, a frota ativa gerida pelas empresas de Renting alcançou as 115.478 viaturas, com um valor de 1,8 mil milhões de euros, equivalendo a um crescimento de 5,7% e 9,5%.