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especial recursos humanos | entrevista

Temos grande capacidade de adaptação

Pedro Lacerda, CEO da Kelly Services Portugal

Empresa colocou os seus 250 colaboradores em Portugal em regime de teletrabalho em 48 horas. Perante a abertura do mercado procura antecipar as necessidades dos clientes, propondo soluções que lhes permitam um regresso sustentável



No mercado há mais de 70 anos, a Kelly Services está presente em quase todo o mundo. Em Portugal tem clientes que vão das microempresas a empresas cotadas em bolsa que integram o PSI20. “Nós procuramos estar presentes, junto dos nossos clientes e colaboradores, de uma forma muito verdadeira, para saber quais são as suas necessidades”, afirma Pedro Lacerda, CEO da Kelly Services Portugal

O que se irá passar no futuro do mundo do trabalho dependerá do que se vai acontecer daqui para a frente com a economia mundial. Depois da experiência que a humanidade está a passar, qual será o futuro do trabalho?

O setor terciário está a passar atualmente por uma grande transformação. O conceito “de espaço físico de trabalho” está a alterar-se da empresa para qualquer outro lugar onde a função possa ser desempenhada. No setor primário e secundário, a aceleração da inovação e do upgrade tecnológico continuará a ser prioritária. Por fim, as ferramentas tecnológicas assumirão, com esta crise, um papel tão relevante na economia como o das componentes humana ou financeira.

Quais são as principais condicionantes, tendo em conta, não só o facto de uma boa parte da humanidade se ter mantido confinada a trabalhar, ou não, mas também as tendências mais recentes do mercado de trabalho?

A falta de contacto diário com o exterior torna a disciplina laboral mais desafiante e complexa. Mas como a espécie humana é tremendamente resiliente e tem grande capacidade de adaptação, será, seguramente, extremamente eficiente neste processo, até ao momento em que a vacina do Covid-19 estiver disponível e for implementada.

Para quem lidera chefias e companhias, o desafio dá-se agora a um outro nível de complexidade. Passa por liderar pessoas e organizações digitalmente, fazendo as equipas acreditar naquilo que fazem e motivando o seu compromisso de forma maioritariamente remota e sem o contato presencial.

Uma das vantagens da Kelly é ter uma equipa com um nível de experiência e competências muito acima da média

O trabalho remoto veio para ficar?

Para os que o testavam, passa agora a ser uma certeza como ferramenta de gestão. Para os que já o praticavam, a situação atual confirma, de forma acelerada, que conseguimos ter o mundo a funcionar bem, a partir de qualquer lugar, desde que tenhamos ferramentas de gestão, infraestrutura tecnológica e colaboradores focados e alinhados com a missão da organização.


Será que os funcionários serão apoiados pelas suas empresas para o fazer?

Seguramente que sim. Caso contrário as empresas perderão flexibilidade e, por consequência, competitividade, porque se tornará mais atrativo, para os colaboradores, trabalharem para concorrentes ou outros tipos de indústrias que adotem estas práticas. Como consequência, aumentará a rotatividade.

Uma das vantagens da Kelly tem sido a sua capacidade de adaptação às mudanças laborais, que ocorrem com intensidade cada vez mais crescente na economia global. Quais são as bases que sustentam essa capacidade?

Em primeiro lugar é um conhecimento do mercado com mais de 70 anos. A Kelly é uma empresa de origem norte-americana fundada em 1946, com presença em quase todo o mundo. Nós procuramos estar presentes, junto dos nossos clientes e colaboradores, de uma forma muito verdadeira, para saber quais são as suas necessidades. É evidente que estas mudam em função do contexto económico, dos contextos sectoriais de mercado, da economia regional e global. Tudo isto significa que a empresa tem uma grande capacidade de adaptação. Para além disso somos uma empresa muito focada, que sabe muito bem o que quer fazer e em que sectores de atividade, e aquilo que não quer e não pode fazer. Esta tem sido a base do nosso sucesso, mesmo neste período difícil que atravessamos.

Em Portugal temos a vantagem de possuirmos uma equipa, na sua generalidade, com um nível de experiência e competências muito acima da média, que o mercado reconheceu como um best partner to work nos últimos seis anos. A juntar a isto, uma cultura empresarial e um estilo de liderança que coloca a importância do nosso negócio nas pessoas, no talento e na confiança dos outros em relação ao que dizemos e fazemos!

O que estamos a fazer em relação ao mercado é antecipar as necessidades dos nossos atuais e potenciais clientes

Quais foram as principais ações tomadas pela Kelly para proteger a saúde e atividade das suas pessoas, da empresa e dos seus clientes?

Implementou-se um plano de comunicação e operacional, que envolveu a globalidade dos nossos 250 trabalhadores directos em Portugal. Em 48 horas 100% da empresa estava em teletrabalho. Uma parte dos 12 mil trabalhadores externos ao serviço dos clientes foi para teletrabalho, enquanto os outros, os que estão ligados ao sector secundário, ao nível da indústria, mantiveram-se, na maior parte dos casos, a laborar nas empresas.

Congratulamo-nos em ver que os infetados da nossa população laboral foram apenas dois, um dos quais já recuperado. É um resultado que nos orgulha e confirma que todas as decisões tomadas e as ações resultantes, que continuam a decorrer, foram as corretas e apontaram a direção certa. A juntar a isto acrescento as várias mensagens que recebi de vários CEO das nossas empresas clientes, desde microempresas até às cotadas em bolsa que pertencem ao índice PSI 20, agradecendo o sentido de missão que a Kelly Services Portugal demonstrou, em circunstâncias de mercado tão difíceis como as que vivemos atualmente. O plano implementado no nosso país foi, em parte, coordenado a nível global e decorreu, em simultâneo, nos restantes países da Europa onde a Kelly Services está presente.

Como é que a empresa irá acompanhar a abertura do mercado?

A nível interno, como até aqui, porque temos, como prioridade, a segurança total dos nossos colaboradores, sejam eles internos ou externos. O que estamos a fazer em relação ao mercado é antecipar as necessidades dos nossos atuais e potenciais clientes, propondo ferramentas de gestão customizadas que lhes permitam ter um regresso sustentável, aumentando, em simultâneo, a sua produtividade. O essencial é que sintam que as soluções da Kelly Services agregam valor às suas operações. Tudo isto, é claro, pautado pela execução de excelência que nos caracteriza.



Veja aqui a entrevista: