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Férias na Madeira valem sempre a pena

Há boa comida, grandes vinhos, vistas surpreendentes e passeios únicos a pé. E a possibilidade de voltar ao Funchal para um reconfortante banho de piscina ou de mar antes do jantar. As férias na Madeira nunca cansam.

Texto: José Miguel Dentinho



V er nascer o sol no Pico do Areeiro, na ilha da Madeira, é uma experiência única e arrebatadora. Emociona à medida que o astro passa a linha do horizonte e os seus raios se vão misturando com as nuvens, para de lá saírem numa panóplia de tons do branco ao amarelo e vermelho, numa apoteose festiva. À medida que a luminosidade cresce, os contornos de tudo em redor vão ficando cada vez mais nítidos, mostrando uma paisagem de montanha e de escarpas abruptas, primeiro, que se vai suavizando à medida que o olhar chega até ao mar ao fundo, que se avista entre a passagem das nuvens.

Paisagem deslumbrante

O arquipélago é conhecido pelas suas paisagens de cortar a respiração, que integram um património natural deslumbrante que vale sempre a pena visitar e percorrer. No máximo em algumas horas consegue-se ir da sua capital, o Funchal, aos lugares mais distantes da ilha maior, como as piscinas naturais de Porto Moniz, para um passeio longo com óculos e respirador a observar o movimento dos peixes. Depois, e antes de voltar à capital, há que partir até ao Seixal, que fica bem perto, para um almoço que começará inevitavelmente por lapas grelhadas e bolo do caco, na companhia de um dos brancos ou espumantes frescos e elegantes daquela zona de uma ilha que é reconhecida internacionalmente pela qualidade e caráter único dos seus vinhos fortificados.

O Vinho Madeira é um licoroso com Denominação de Origem Protegida, em que todas as fases da sua produção são reguladas pelo Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM). É produzido a partir de castas brancas para os seus vinhos mais nobres, sobretudo Sercial, Verdelho, Bual e Malvasia, mas também existem pequenas produções de Terrantez e Bastardo. A casta predominante na ilha é a tinta Negra Mole, que representa cerca de 85% do encepamento e é também usada para produzir Madeira, geralmente das gamas mais baixas.

Um vinho sedutor

É um vinho secular, especial por ser diferente, por ter uma história com muitas histórias por detrás, por proporcionar prazer na sua degustação, com ou sem companhia de comida. É por isso que uma viagem à descoberta do Vinho Madeira tem muitos aliciantes.

Ver as vinhas onde são produzidos, por uma miríade de pequenos produtores, alguns de minúscula dimensão, em sítios onde, por vezes, o declive raia o inimaginável para fazer agricultura. Sentir os aromas e sabores dos vinhos de cada casa produtora, cada uma com o seu estilo, que se sente ao longo da prova. Conversar com os seus enólogos, aprendendo a forma como fazem e porquê, e apreciar as preciosidades que são os vinhos velhos, os vintages e os frasqueiras é realmente uma viagem que vale a pena fazer. Outra é ver como se fazem os seus runs, na Sociedade dos Engenhos da Calheta, por exemplo, numa visita breve mas esclarecedora.

Turismo em recuperação

O turismo é atualmente a principal atividade da Madeira e a principal fonte de receitas de um arquipélago procurado por visitantes de todo o mundo. Está este ano a recuperar do recuo de 66% nas dormidas em 2020, período em que os proveitos totais da atividade retrocederam quase 70%, segundo dados da Direção Regional de Estatística da Madeira.

Este ano os dados estão a inverter-se, já que as dormidas na região têm vindo a crescer consecutivamente desde fevereiro, embora ainda longe dos valores registados em 2019. Até julho deste ano tinham sido superiores a 600 mil, o que representa um crescimento de quase 420% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a faturação do sector hoteleiro tinha superado os €35 milhões, um aumento de quase 580% em relação a igual período de 2020. Um estudo recente da McKinsey mostra que a Madeira é a região do país onde o turismo tem um maior impacto na economia local, logo a seguir ao Algarve.

A oferta hoteleira do arquipélago é vasta e variada, com as principais unidades a situarem-se na cidade do Funchal ou nas suas proximidades, tal como a maior parte dos restaurantes mais conhecidos, entre eles dois com estrelas Michelin. São estabelecimentos onde o serviço à mesa é superior, por ser atencioso, simpático, eficiente e discreto, a comida é saborosa e a lista de vinhos e a oferta de outras bebidas é suficientemente variada para se poder escolher. E a sensação de voltar ao hotel é sempre agradável, semelhante a voltar a casa.

Para além do Vinho Madeira, as principais produções agrícolas do arquipélago são a banana e as flores, destinadas sobretudo a consumo interno e ao mercado nacional. A atividade industrial na Madeira é dominada por pequenas e médias empresas. Na indústria transformadora, que representa 4,2% do emprego, coexistem atividades de caráter artesanal e viradas para a exportação, como os bordados, tapeçarias e artigos de vime, com outras sobretudo orientadas para o mercado regional, como as moagens e os produtos de panificação e pastelaria, os laticínios, a cerveja, o vinho e o tabaco.

Festas alegres e distintas

É sobretudo isto que vamos falar neste especial dedicado ao arquipélago da Madeira, sem esquecer o seu Centro Internacional de Negócios nem a sua incubadora de empresas. No seu aeroporto, atualmente um dos mais movimentados do país, aterram todos os dias dezenas de voos cheios de turistas. Procuram uma região que tem muito mais para oferecer do que a sua paisagem distinta e atrativa, tais como percursos pelas suas levadas ou à beira-mar, sítios para comer onde vale sempre a pena ir, visitas a produtores, para além de eventos culturais e festas. Basta lembrar a passagem do ano no Funchal, a sua Festa das Flores e o seu Carnaval, que são sempre alegres e distintos. Vale sempre a pena ir à Madeira, e voltar.