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especial madeira | OPINIÃO

Para onde devemos caminhar?

Roberto Figueira, partner da PKF

A Madeira precisa de uma fiscalidade atrativa e, acima de tudo, estável.





A “impotência” sentida no sector da saúde e na economia devido ao efeito da pandemia expôs as nossas fragilidades e a incapacidade do Estado em apoiar, de forma clara e suficiente, todos os cidadãos e empresas.

Desde a primeira hora, a região insistiu numa estratégia de acreditação da “marca” Madeira como referência de uma região segura. A mensagem passou, mas mais importante do que isso é estar a mitigar os efeitos da pandemia.

Muitas das medidas de apoio aos empresários deverão continuar, no mínimo, até finais de 2021, altura em que a região poderá estar em recuperação económica, embora lenta. Mas não podem ser geradoras de mais passivo, até porque muitas empresas já atingiram o seu limite de endividamento.

Então, para onde devemos caminhar? Os nossos problemas estruturais vão muito para além dos que se viveram em ambiente pandémico. A pandemia veio, sim, mostrar ainda mais as nossas enormes fragilidades. Parece ser consensual, neste momento, que a Madeira deve caminhar para um regime fiscal próprio, porque não consegue, como acontece também com os Açores, pagar as suas responsabilidades anuais com o que cobra da fiscalidade. É essencial uma política fiscal que lhe permita ser cada vez mais autónoma.

É preciso tratar de forma diferente aquilo que é diferente. A nossa realidade e os nossos constrangimentos ultraperiféricos poderão constituir vantagens competitivas se os soubermos aproveitar de forma inteligente, cativando o investimento estrangeiro. Mas isso só será possível se os investidores sentirem que a Madeira tem uma fiscalidade atrativa e, acima de tudo, estável.

Face ao paradigma económico atual, a PKF tem investido no acompanhamento cada vez mais próximo dos seus clientes, elaborando, entre outros, candidaturas a projetos cofinanciados pela União Europeia e pelos apoios diretos do Estado e da RAM. O contexto atual obrigou-nos a reconstruir e adaptar formas de trabalhar, com o digital a assumir papel decisivo, investimentos que terão o retorno no curto prazo. O que queremos, sobretudo, é estar cada vez mais presentes na vida das empresas.