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especial saúde | casos de sucesso

Apineq produz máscaras cirúrgicas em Portugal

António Vaz Martins, sócio gerente da Apineq

Equipamento foi desenvolvido e construído em apenas dois meses





A empresa decidiu investir no equipamento de produção de máscaras cirúrgicas para contribuir para a diminuição da dependência externa no fornecimento de equipamentos de uso individual para o sector da saúde em Portugal.

Quanto tempo mediou entre a ideia e a entrada em funcionamento da máquina de produção de máscaras cirúrgicas? Como é que decorreu o processo?

Ao ver as imagens de desespero dos profissionais de saúde, sem equipamento de proteção básico, como são as máscaras, achámos que isso não era aceitável. E ainda ficámos mais convictos disso quando as notícias veiculadas pela imprensa nos fizeram concluir que todo esse material era apenas produzido por um só país. Era preciso terminar definitivamente com essa dependência. Assim, em meados de março começámos a projetar a máquina e, depois, tivemos sensivelmente um mês e meio de produção. O primeiro protótipo ficou pronto no final de maio, início de junho.

Quantas pessoas estiveram envolvidas e de que sectores da empresa?

Estiveram envolvidos dois engenheiros mecânicos, dois engenheiros eletrotécnicos e alguns técnicos de montagem e de eletricidade.

As deficiências sentidas de produtos e equipamentos médicos, medicamentos e outros itens necessários para testar e proteger as pessoas em relação à Covid-19 contribuirão para aumentar a tendência de cada país fabricar produtos médicos e farmacêuticos e equipamentos a nível doméstico?

A Covid-19 veio mostrar a dependência que todos tínhamos em relação a um único país. Como produzia mais barato e era fácil transportar a mercadoria, parecia preferível produzir lá e colocar no destino final. É a globalização levada ao extremo, que contraria o conhecimento antigo que nos diz que quem concentra tudo num único ponto mais cedo ou mais tarde será dominado. É algo que está a mudar rapidamente, porque é preciso produzir o que necessitamos também no nosso país.

Só há vantagens em que isso aconteça. Não só diminuímos a dependência como diversificamos a nossa oferta de produtos e serviços ao mercado e a nossa capacidade de exportação de produtos com elevado valor acrescentado, como os médicos e farmacêuticos. Se apostarmos nos produtos com elevada tecnologia e valor acrescentado, com aplicação prática clara e objetiva, teremos maior sucesso. É preciso não esquecer que os países com capacidade industrial ultrapassaram mais facilmente este problema do que nós.

De que forma é que iniciativas como a vossa poderão contribuir para o país responder de forma mais célere e eficaz a problemas como o da pandemia de coronavírus que está a afetar o mundo?

A opção pela produção e venda em Portugal, para o país estar melhor preparado para sobreviver aos defeitos da globalização realçados pela crise recente, implica mudar a forma como se pensam os negócios e a economia. Se outras empresas tiverem a mesma iniciativa que a Apineq, Portugal tornar-se-á num país muito mais independente e menos suscetível a ser “vencido” pelas crises que possam surgir.

O que é a Apineq e quais são as suas áreas de atividade?

A APINEQ é uma empresa especializada em engenharia de controlo de processo, automação industrial e fabricação de máquinas não standard. Fornece soluções para melhoria e otimização de processos industriais, que vão desde a engenharia de controlo até soluções chave-na-mão, com fornecimento de equipamentos industriais e quadros elétricos. As máquinas são desenvolvidas para automatizar e otimizar os processos.

Quais são os principais sectores económicos onde a empresa atua?

Os principais sectores são as indústrias papeleira, alimentar e automóvel. Mais recentemente entrámos na área da saúde.

Quais são os principais mercados internacionais da empresa?

A empresa está presente em diversos mercados internacionais. Os principais, na Europa, são o espanhol, francês, polaco e eslovaco. No resto do mundo estamos ativos principalmente em Marrocos e Angola.

O que é que a empresa procura oferecer aos seus clientes que a distingue no mercado?

Selecionamos os melhores fornecedores/colaboradores, nas melhores condições de mercado, desenvolvendo para isso relações de parceria com a perspetiva de crescimento de ambas as partes. O nosso compromisso com a melhoria contínua dos processos visa prestar um serviço cada vez melhor aos nossos clientes. Procuramos, sobretudo, ser, com cada um deles, um parceiro de negócio, e não apenas um mero fornecedor de serviços ou equipamentos.

Quais foram as principais ações tomadas pela empresa para atenuar e superar os efeitos da epidemia de coronavírus na atividade empresarial, económica e social em Portugal?

A empresa manteve o seu trabalho e avançou com os projetos planeados. Ao mesmo tempo, teve a necessidade de pensar em novas áreas de negócio, que contribuam para que a atividade da empresa se mantenha firme e sustentável mesmo em tempos de crise.

Sistemas de produção de máscaras cirúrgicas da Apineq

25 anos de experiência

Criada em 1995, a Apineq começou como empresa especializada em engenharia de controlo de processo e automação industrial. Entretanto, começou a especializar-se também em eletrificação de instalações e quadros elétricos. À medida que o tempo foi passando, os clientes foram-se tornando cada vez mais exigentes, pedindo soluções chave-na-mão, desde a raiz da máquina até à sua colocação em serviço. Para responder às suas solicitações, foi criado o departamento de engenharia mecânica e, mais tarde, o de produção e maquinação, tornando-se numa fábrica totalmente independente.