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OMS lança Carta de Segurança do Trabalhador de Saúde

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

Organização defende que, para proteger os doentes, é necessário fazer o mesmo com os trabalhadores de saúde.





A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a alertar os governos e todos os líderes do sector para as ameaças permanentes à saúde e segurança dos profissionais de saúde e pacientes.

Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, lembrou, durante a apresentação da Carta de Segurança do Trabalhador de Saúde (CSTS) desta instituição, que “a pandemia de Covid-19 realçou o papel vital dos profissionais de saúde no alívio do sofrimento e na salvação de vidas humanas”. Segundo este responsável, “nenhum país, hospital ou clínica pode manter os seus pacientes seguros a menos que mantenha os seus profissionais de saúde seguros”.

Proteção dos profissionais

O lançamento do documento visa “garantir que os trabalhadores do sector têm condições de trabalho seguras e o treino, remuneração e respeito que merecem”, defendeu Tedros Ghebreyesus, salientando que a pandemia destacou a importância da proteção dos profissionais e o seu papel fundamental na garantia do funcionamento dos sistemas sociais e de saúde.

A carta lançada pela OMS destaca cinco ações necessárias para melhorar a proteção dos trabalhadores de saúde e as formas de as desenvolver. Defende que é preciso protegê-los da violência e de perigos físicos e biológicos, melhorar a sua saúde mental, promover programas nacionais de segurança do trabalhador de saúde e conectar as políticas de segurança do trabalhador de saúde às do paciente.

A Covid-19 expôs os profissionais de saúde e suas famílias a níveis de risco sem precedentes. Os dados de muitos países indicam, segundo a OMS, que as infeções entre os profissionais de saúde são muito superiores às da população em geral. Embora representem menos de 3% da população na grande maioria dos países, cerca de 14% dos casos notificados à OMS foram de trabalhadores da saúde. Em alguns países, a proporção chegou aos 35% e muitos deles perderam a vida.

Além dos riscos físicos, a pandemia elevou os seus níveis de stress psicológico, devido ao seu trabalho decorrer em ambientes ainda mais difíceis, onde a exposição à doença foi uma constante, enquanto se mantiveram separados da família. A acrescentar a isso ainda houve, segundo a OMS, “um aumento alarmante de relatos de assédio verbal, discriminação e violência física aos profissionais de saúde”.

A segurança da Internet das Coisas Médicas

Embora a computação em nuvem seja de compreensão mais imediata, a tecnologia de blockchain ainda é um mistério para muitas pessoas. Trata-se de um registro distribuído, descentralizado como medida de segurança.

Ambas as tecnologias ganharam popularidade recente no sector da saúde por responderem à necessidade de armazenamento seguro, acessível e eficiente de grandes quantidades de informação, que possa ser acedida e compartilhada em tempo real. Segundo a Kelyon, especialista internacional do mercado digital dos cuidados de saúde, prevê-se que a computação em nuvem e a blockchain irão dominar o ecossistema de TI da saúde na próxima década, apoiando e melhorando processos, como o registro médico eletrónico, as consultas remotas e a entrega de relatórios de imagem diagnóstica, além de resolverem muitos dos problemas de segurança cibernética que têm afetado o sector da saúde. A União Europeia vem explorando o potencial da tecnologia de blockchain há alguns tempo, instituindo, há um par de anos, o Observatório e Fórum Blockchain e, mais tarde, a Parceria Blockchain Europeia, para fornecer serviços públicos transfronteiriços usando esta tecnologia. A próxima etapa passará por combinar as duas tecnologias, usando a blockchain para proteger os dados de saúde alojados na nuvem, respondendo às preocupações de segurança em relação à Internet das coisas médicas, que inclui todos os dispositivos médicos e aplicativos que se podem conectar e trocar informações com sistemas de TI da saúde.