MENU
dossiê promocional
especial teletrabalho | abertura

A ascensão do teletrabalho

Uma boa parte do mundo está a mudar a sua forma de trabalhar, à medida que se transforma também a maneira de as pessoas se relacionarem umas com as outras em sociedade

Texto: José Miguel Dentinho



O teletrabalho, ou trabalho remoto, está hoje na ordem do dia por razões que extravasam a atividade de empresas e instituições ou as necessidades mais habituais das pessoas, como tomar conta de filhos ainda crianças ou de parentes mais idosos. À medida que a pandemia causada pelo novo coronavírus se foi espalhando por todo o mundo e que os governos tomaram medidas de confinamento para atenuar a sua propagação, todas as empresas e instituições enviaram o mais rapidamente possível os seus colaboradores para trabalharem a partir de casa, em processos que decorreram com maior ou menor celeridade e eficiência, conforme a anterior aposta feita em tecnologias digitais e a disponibilidade de empresas especialistas neste tipo de produtos e serviços resolverem os problemas inerentes.

Em Portugal, país reconhecido pela excelência do seu sistema educativo, capaz de potenciar a formação de pessoas com conhecimentos e competências elevadas, há muito a acontecer no que respeita às novas tecnologias e existem muitas empresas com competência para responder a desafios como este. Por isso o processo decorreu com aparente celeridade e sem problemas de maior, pelo menos nas diversas organizações sondadas nesse sentido.

Mas é preciso não esquecer que muita gente teve de se manter a trabalhar presencialmente nos sectores agrícolas, comerciais, industriais, dos transportes e da construção civil e obras públicas. São aqueles que não conseguem manter o seu negócio a funcionar de outra forma. Isso levou à implementação de medidas de segurança nos locais de trabalho, incluindo limpezas, desinfeções, uso de equipamentos de proteção, mas também trabalho por turnos e outras soluções.

As reuniões por videoconferência ajudam as pessoas das equipas a falarem umas com as outras em tempo real, em qualquer lugar onde haja uma ligação à internet

Em casa ou noutro sítio qualquer

Já lá vai o tempo em que o teletrabalho quase não existia, nem toda a tecnologia que permite que hoje possamos desenvolver a nossa atividade de forma remota, em casa ou noutro sítio qualquer, com rapidez e eficiência, comunicando com facilidade e fluidez com os membros das nossas equipas, os nossos parceiros, clientes e outros interlocutores, resolvendo problemas, construindo projetos, criando novas ideias e implementando-as.

Uma das tecnologias mais úteis para tornar o trabalho remoto quase perfeito é a videoconferência. As reuniões por videoconferência ajudam as pessoas das equipas a falarem umas com as outras em tempo real, em qualquer lugar onde haja uma ligação à Internet.

É a segunda melhor opção, logo a seguir às reuniões presenciais. Sobretudo as informais, as que se fazem nas pausas para o café, onde o ambiente leva a uma troca mais descontraída de palavras e ideias, que fazem surgir, por vezes, soluções e novos caminhos para as encontrar.

A videoconferência, ou mesmo as conversas a dois com imagem, não seriam possíveis sem a adoção generalizada da banda larga na última década. E a tecnologia que o permite evoluiu tão rapidamente que há hoje empresas a gerir os seus negócios a partir de espaços de coworking, onde acomodam a sua força de trabalho remota quando necessário.

Como é evidente, o teletrabalho implica a existência de acordos de flexibilidade laboral entre a empresa e cada um dos seus funcionários, para desempenharem a sua atividade, cumprirem os seus deveres e assumirem as suas responsabilidades num local que não é o seu lugar habitual de trabalho: um escritório, uma loja ou uma repartição pública, por exemplo. Mas isto diz respeito apenas àqueles que trabalham por contra de outrem.

Uma alternativa produtiva

Aparentemente, uma parte significativa das pessoas prefere estar em teletrabalho. Segundo uma sondagem de mercado realizada pela empresa internacional de recrutamento Walters em 2020 a possibilidade de trabalhar em casa é vista pelos profissionais como uma forma eficiente de reforçar o seu desempenho no trabalho. Cerca de 68% dos entrevistados consideram mesmo que poderiam ser mais produtivos se tivessem essa alternativa.

O teletrabalho também é um fator determinante para 52% dos entrevistados na mudança de emprego. Oferecer esta opção é, por isso, uma boa forma de as empresas manifestarem a sua preocupação com o bem-estar dos seus colaboradores e a confiança que depositam neles e no que produzem.

Mas o teletrabalho só poderá ser eficiente se as pessoas e as organizações conseguirem comunicar de forma efetiva entre si e umas com as outras. Aqui, o papel dos fornecedores deste tipo de serviços, como as operadoras de telecomunicações, é essencial para que tudo continue a funcionar de forma o mais fluida e rápida possível.

A possibilidade de trabalhar em casa é vista pelos profissionais como uma forma eficiente de reforçar o seu desempenho no trabalho

No mundo digital

É sobre a importância que o teletrabalho tem nas nossas vidas e nas empresas que trata este especial da revista EXAME. Nele falamos de tudo o que tem a ver com o teletrabalho, incluindo o papel das empresas e instituições e de todas as pessoas que usam este meio para trabalhar e permanecer ligadas umas às outras e ao mundo.