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empreendedor região norte | Entrevista

23 anos a produzir mobiliário de design intemporal

Mário Rocha, CEO da Antarte

A Antarte faturou em 2021 oito milhões de euros e exporta atualmente 27% das suas vendas para diversos países do continente africano





S egundo Mário Rocha, CEO da empresa, uma das matérias-primas usadas pela Antarte é a madeira de criptoméria, proveniente de florestas geridas de forma sustentável nos Açores.

Hoje, para se ser competitivo no mercado global é preciso ter uma marca forte, credível, de produtos de qualidade, uma oferta variada, criativa, abrangente e inovadora, que corresponda aos anseios e necessidades dos clientes e consiga superar por vezes as suas expectativas. O que é que diferencia a Antarte no mercado?

O que diferencia a Antarte é o design intemporal em fusão com funcionalidade e conforto. A nossa empresa materializa o conceito de design intemporal em peças que combinam sofisticação com elegância.

Relativamente à funcionalidade com conforto, há, por exemplo, peças de mobiliário, como cadeirões, poltronas ou cadeiras, com assinatura de designers de renome, que encantam pelo apelo estético, mas não primam pelo conforto. Sentar-se num cadeirão ou numa poltrona Antarte é um momento de conforto absoluto, quer pelos materiais utilizados, quer pela qualidade de fabrico da peça ou pelo apelo visual.

A diversificação é cada vez mais essencial para a sustentabilidade dos negócios. Mas o caminho da internacionalização implica, por exemplo, o conhecimento de cada um dos mercados de exportação, das suas leis e do comportamento dos seus consumidores, para assegurar que os objetivos são alcançados. Quais são os da Antarte no seu trajeto de internacionalização? E quais têm sido as principais dificuldades sentidas e sucessos alcançados?

A Antarte conseguiu implantar-se em diversos mercados africanos, como Angola e África do Sul. O processo implica uma abordagem de proximidade com as equipas que estão nessas geografias. Também é necessário perceber quais são as especificidades dos clientes locais. A cultura e preferências de consumo de cada geografia devem ser cuidadosamente entendidas, tal como os ciclos de crescimento e contração da procura, que podem não estar alinhados com os que temos no nosso país.

Numa empresa que atua em Portugal mas também nos mercados de exportação, quais as principais medidas tomadas para prevenir e atenuar os efeitos de eventos com influência significativa na economia global, como a mais recente pandemia e a guerra na Ucrânia, para assegurar a sustentabilidade do negócio?

É essencial apostar na personalização dos produtos e na proximidade ao cliente.

O cliente atual tem expectativas muito elevadas. Quer ser constantemente surpreendido e envolver-se com marcas com as quais partilhe os mesmos valores. É por isso que oferecemos aos nossos clientes a possibilidade de personalizar cada peça, desde os materiais às tonalidades, passando pelos acabamentos. Estamos num patamar de personalização próximo do one-to-one. Encaramos as lojas como espaços onde proporcionamos experiências aos clientes. A nossa rede continua a ampliar-se com a abertura de uma flagship store em Alfragide, Lisboa. O espaço, com 2000 m2, juntou-se às lojas já existentes em Lisboa, em Santos e no Parque das Nações, Sintra, Seixal, Matosinhos, Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Feira e Vilamoura, num total de 14 pontos de venda.

Também reforçámos a nossa presença no digital, com o lançamento de uma app para iOS e Android.

A Antarte lançou em março, o Mês da Árvore, a iniciativa de sustentabilidade Love Nature, cuja meta é a plantação de 50 mil árvores até ao final de 2025

Inovar é essencial numa época de mudanças cada vez mais aceleradas. Implica ter novas ideias, desenvolvê-las e aplicá-las, criando novos produtos e serviços que sejam úteis, essenciais e ou valorizados pelos mercados. Mas também procurar, encontrar e estabelecer novos caminhos e achar soluções para problemas e aplicá-las. Qual o papel da inovação no negócio da empresa?

A Antarte está permanentemente a ler tendências no mercado. O sector está a passar por um momento de transformação profunda, com a chegada de grandes players de moda para a casa, porque esta tornou-se num espaço que se quer constantemente renovado em termos de decoração. Para fazer face a esta mutação da procura, lançamos todos os anos novas coleções de mobiliário, batizadas com nomes de cidades cosmopolitas como Londres, Paris, Tóquio (Tokyo), Genebra (Genève), Veneza e Lisboa.

As nossas linhas de produto ampliaram-se também ao mobiliário de exterior e de escritório e, no ano passado, tornámo-nos representantes de marcas de iluminação premium, como a italiana Flos, e apresentámos uma gama de fragrâncias para a casa com velas e difusores em stick.

As coleções de mobiliário da Antarte têm nomes de cidades cosmopolitas, como acontece com a mesa de refeição e as cadeiras Tokyo

A União Europeia comprometeu-se com metas líquidas de zero emissões para meados deste século, em conjunto com a maioria das grandes economias mundiais. A aposta na melhoria da eficiência energética, nas energias renováveis, na produção de hidrogénio verde, na mobilidade elétrica e, mais recentemente, no hidrogénio são algumas das soluções. Quais as principais iniciativas da empresa para tornar a sua atividade mais sustentável?

As matérias-primas sustentáveis estão no ADN do mobiliário da Antarte. A madeira de criptoméria, proveniente de floresta de gestão sustentável dos Açores, é um dos exemplos do trajeto da marca no domínio da sustentabilidade. Destaco também a Love Nature, iniciativa que consiste na oferta de uma árvore nativa para plantar. A sua embaixadora é a atriz Catarina Gouveia, uma das principais influenciadoras portuguesas na área da sustentabilidade. O primeiro objetivo, plantar 2022 árvores na primavera de 2022, foi cumprido 10 dias após o arranque da iniciativa. A meta é plantar 50 mil árvores até 2025.