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Gestores portugueses estimam que trabalho remoto duplique


DE ACORDO COM O RELATÓRIO Remote Working and the Platform of the Future, da consultora Boston Consulting Group (BCG) e da Microsoft, Portugal estava abaixo da média europeia em adoção de trabalho remoto pré-pandemia de Covid-19, com 12% do tempo (versus média de 16%) e 79% dos trabalhadores sem esse acesso. No entanto, durante o confinamento Portugal ultrapassou a média tanto em tempo remoto (66% versus 62%) como em fração de trabalhadores com acesso a trabalho remoto (79% versus 74%).

De acordo com este estudo (https://on.bcg.com/2IY4PtV), que inquiriu 1500 gestores e 7500 colaboradores de 15 países europeus, o primeiro passo para uma plataforma de trabalho remoto robusto é a definição de como deve ser o trabalho remoto na empresa. Depois disso, as empresas precisam de elaborar um modelo de trabalho remoto o mais eficaz possível, uma vez que os gestores esperam que cerca de 47% dos colaboradores trabalhem parcialmente a partir de casa nos próximos dois a três anos. Por outro lado, os estilos de liderança e a cultura organizacional precisam de adaptar-se à nova realidade do teletrabalho. É necessário desenvolver um estilo de liderança cuidado, assente no desenvolvimento de uma gestão de confiança, focada em produtividade e resultados, e não no tempo de permanência no escritório. Por último, o estudo refere ainda a necessidade de garantir que as práticas e rotinas estão adaptadas à nova realidade e que as ferramentas de teletrabalho devem combinar-se para criar um local de trabalho físico-digital único. Pedro Pereira, managing director e partner da BCG Portugal e coautor do estudo, salienta que “em Portugal os gestores esperam que o volume de trabalho remoto duplique, implicando que 25% a 30% do tempo trabalhado passe a ser remoto”. Acrescenta ainda que “em termos de benefícios, mais de metade dos gestores espera uma redução de custos devido à penetração de teletrabalho no futuro, 43% esperam uma melhoria na proposta de valor que a empresa oferece ao colaborador e 42% esperam um aumento de produtividade”.

Relativamente a riscos, este profissional afirma que “um em quatro gestores refere ter mais dificuldade em controlar e motivar a produtividade à distância; cerca de 40% dos gestores acreditam que o trabalho dificulta o espírito de equipa e envolvimento e mais de metade dos trabalhadores acredita que manter a cultura organizacional é mais difícil no modelo remoto”.