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especial PME | entrevista

“Cada cliente deve ser respeitado na sua cultura e identidade”

Miguel Santos e Hugo Marujo, IMBS Managing Partners

A IMBS nasceu em 2014, pela mão de Hugo Marujo e Miguel Santos e um conjunto de profissionais com experiência no ramo da consultoria especializada em melhoria de processos e aumento da rentabilidade operacional. Hoje conta com mais de três dezenas de clientes e 49 projetos implementados com sucesso.



Como caracteriza a atividade da IMBS?

Hugo Marujo (HM) – A IMBS tem como principal área de negócio a implementação de soluções para a melhoria de processos operacionais. Os nossos grandes focos estão na gestão da produtividade e gestão da rentabilidade operacional, sendo estas transversais a diversos segmentos de atuação. Acreditamos que cada cliente deve ser respeitado na sua cultura e identidade. Percebemos a organização dos clientes, procurando soluções para rentabilizar os pontos de oportunidade validados, trabalhando as pessoas, as informações e os processos, bem como a transformação digital para o aproveitamento real de todos os recursos e ativos da empresa.

Qual é o perfil dos vossos clientes e os setores de atividade dominantes?

Miguel Santos (MS) – A nossa atividade engloba 18 segmentos de mercado. No setor dos serviços incluímos engenharia, obras e projetos, saúde, transportes e logística, utilidades sociais, finanças e comércio. No da indústria temos diversos casos de sucesso de empresas da área têxtil, alimentar, metalurgia e transformação, entre outros.

Relativamente ao perfil dos clientes, o facto de trabalharmos com empresas de áreas tão distintas faz com que este seja diversificado. No entanto, há em todos um aspeto comum: a preocupação com a melhoria da produtividade da organização e a otimização dos seus processos internos de forma a conseguirem elevar o seu estádio atual de maturidade, a tornarem-se mais competitivos e conseguirem acrescentar valor às suas organizações no presente e preparar as suas estruturas para o futuro.

De que forma?

MS – Por exemplo, no caso das empresas do setor da indústria, o nosso trabalho pode abranger todo o ciclo do cliente, desde a entrada da matéria-prima até à saída do produto final, envolvendo todas as áreas que interferem neste processo. O objetivo final foca-se em alcançar uma maior rentabilidade, retirando “gorduras” operacionais e promovendo ações para atacar as principais oportunidades identificadas.

Em que áreas incide a vossa principal oferta de serviços?

HM – Trabalhamos tendo como base uma metodologia própria, assente em quatro pilares fundamentais: informações, processos, pessoas e transformação digital, permitindo aos clientes ganhos significativos detetando oportunidades de melhoria nas organizações.

Temos duas áreas de negócio que são complementares e que acreditamos serem o maior diferenciador do nosso serviço. Aos conceitos e metodologias relacionados com melhoria de processos juntámos a área de transformação digital. Isto permite-nos ter uma oferta que acreditamos ser inovadora para o mercado e para as suas necessidades, agregando as melhores práticas Lean e de otimização de processos a uma transformação digital que permita implementar as melhores práticas dentro do ecossistema da empresa sem recurso a processos manuais.

O principal fator diferenciador é o conhecimento aprofundado que temos das necessidades dos processos das empresas, aliado ao know how tecnológico para a sua transformação. Com o nosso background em definição de fluxos operacionais e os seus pressupostos garantimos um novo patamar de maturidade com as soluções de transformação digital que respeitem a cultura da empresa e permitam ganhos de eficácia nos processos internos.

Que mais-valia os vossos serviços podem trazer às PME nacionais?

MS – De forma muito direta e resumida, trabalhamos a otimização de processos, priorizando ações que se traduzam em resultados (sejam eles imediatos, de médio ou de longo prazo). Para atingir estes objetivos podemos ir através de otimização de custos, aumento de vendas/margens comerciais, aumento de produtividade, gestão de subcontratos, etc.

Qualquer que seja a via, será necessário criar, adaptar e desenvolver ferramentas de gestão operacional dos processos que sejam o foco do trabalho, podendo abranger áreas de produção, manutenção, comercial, obras e projetos, administrativas e supply chain.

Contudo, importa referir que trabalhamos não só com PME mas também com organizações de grande dimensão. Acreditamos que não existe uma solução igual para todos os clientes, independentemente de serem do mesmo ramo de atividade. Por isso os nossos produtos são desenvolvidos “à medida” de cada cliente.

“Trabalhamos a otimização de processos, priorizando ações que se traduzam em resultados”

Enquanto PME, com que tipo de dificuldades a IMBS se tem deparado?

HM – À medida que vamos avançando no estádio de crescimento deparamo-nos com diferentes desafios que tentamos encarar com naturalidade, tendo em conta o contexto do mercado e os objetivos que vamos definindo. Quando fundámos a IMBS, definimos uma estratégia comercial com os 18 setores de mercado onde poderíamos atuar. Aliada à parte comercial, definimos a estratégia operacional para conseguir o verdadeiro fator diferenciador para este tipo de serviço: a formação e qualificação dos consultores, o nosso maior ativo. Tivemos de ganhar a confiança do mercado, apresentar o nosso projeto, criar produto, fazê-lo evoluir e trabalhar todos os dias com o objetivo de sermos reconhecidos pela prestação de um serviço realmente diferenciador e único.

O mercado é muito competitivo e nem sempre é fácil competir com empresas de grande dimensão, por isso é fundamental correr riscos, inovar, ser persistente, confiar na própria capacidade de tomar decisões e, sobretudo, confiar na equipa e na sua capacidade. Tem sido essa a nossa estratégia, com muita dedicação, e com mais ou menos dificuldades temos vindo a conseguir ultrapassar os desafios e a conquistar a confiança dos nossos clientes e parceiros. Prova disso são os vários casos de sucesso que temos e de que são exemplos empresas de referência nos seus setores, como a José de Mello Saúde, a Delta Cafés, a Olitrem, a Proef, a Brasmar, entre outras.

Que desafios se colocam ao vosso processo de desenvolvimento futuro?

MS – O dinamismo demonstrado pelas PME portuguesas, assim como o seu grande contributo para o emprego e para o crescimento, faz com que detenham um papel muito relevante no futuro da economia do país. Enquanto PME, deparamo-nos com alguns dos desafios transversais às PME portuguesas: carga fiscal e regulamentar, momentos económicos, necessidade de resposta just in time, qualidade do serviço, políticas de retenção de RH e responsabilidade social. Para além disso, no nosso caso o processo de internacionalização é um dos grandes desafios. Já realizámos visitas de prospeção a outros mercados, estamos a analisar os melhores timings e formas de entrada nesses mercados. A evolução da nossa equipa e a melhoria do nosso produto/serviço fazem-nos sentir que neste momento temos capacidade para responder às necessidades dos clientes com a mesma qualidade que fazemos “dentro de portas”. Independentemente disto, acreditamos que “inovação” será a palavra-chave para o nosso crescimento, pois só assim conseguiremos continuar a ser competitivos e diferenciadores.

Quais as expectativas quanto a 2020?

HM – No ano passado crescemos dois dígitos e ficámos bastante próximos do volume de negócios que nos permitiria ser PME Líder. O objetivo é continuar a crescer, de forma sustentada, ao nível do serviço que prestamos, da carteira de clientes, das soluções e também na nossa equipa. Queremos chegar em 2020 aos 25 colaboradores (pois atualmente somos 16) e alcançar o estatuto de PME Líder.

Para além disso, iremos continuar a desenvolver a nossa metodologia e as nossas ferramentas, a desenvolver parcerias que nos permitam atingir esse crescimento e, cada vez mais, a disponibilizar produto digital para o mercado das PME. A padronização de ferramentas digitais (aplicações, fluxos e indicadores) tem sido um dos grandes focos de 2019 e continuará a sê-lo em 2020, abrindo cada vez mais para o mercado o acesso a ferramentas modernas, com conceitos Lean, que podem elevar as PME a outro estádio de maturidade.