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sustentabilidade ambiental | opinião

Qual o papel das empresas no Desenvolvimento Sustentável?

Carlo Amado, chief operating officer Energias da MCA

A sustentabilidade não deve ser apenas uma estratégia para responder à crescente importância dada por financiadores ou porque o mercado assim o dita, mas um mindset que guia tudo o que fazem





Estamos a atravessar um período sem precedentes de evolução e transformação. Já não é sequer questionável a importância da sustentabilidade para o futuro do planeta, das comunidades e economia mundial. As alterações climáticas e o seu impacto ditam agendas de fóruns mundiais e são uma realidade a nível político, empresarial e até individual.

É certo que a engenhosidade humana e o empreendedorismo contribuíram para o desenvolvimento de muitos países e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, com os níveis de mortalidade a caírem como nunca e a esperança média de vida a aumentar. Mas as consequências deste crescimento a nível ambiental, social e económico são também mensuráveis e já estão à vista.

Temos dados que mostram que o sector empresarial é mais dependente da biodiversidade do que se pensava e que mais de metade do PIB mundial é moderado ou altamente dependente da natureza e dos seus serviços. Existem muito sectores dependentes do ambiente, como a construção, a agricultura e a produção de alimentos e bebidas.

Temas como a transição energética, as alterações climáticas e a conversão para economias mais verdes ditam as agendas políticas. Mas qual deverá ser, então, o papel das empresas na transição para uma sociedade mais comprometida com a salvaguarda das necessidades das gerações futuras, ou, por outras palavras, qual deverá ser o papel das empresas na construção de um futuro mais sustentável?

No Grupo MCA ainda não temos todas as respostas. Mas estamos comprometidos e a trabalhar já em projetos estruturantes. Para nós, a perspetiva de sustentabilidade não é apenas uma estratégia para responder à crescente importância dada por financiadores ou porque o mercado assim o dita. É um mindset que cultivamos diariamente em tudo o que fazemos.

Obras que impactam o amanhã, focadas em energias renováveis, economia circular e desenvolvimento urbano, numa simbiose entre presente e futuro. Obras e projetos que criam um grande impacto a nível social, ambiental e económico, como, por exemplo, o projeto de eletrificação rural de 60 comunas em Angola. A transição energética é fundamental para o desenvolvimento de qualquer país, mas este, em particular, levará não só energia a mais de um milhão de pessoas, mas também conduzirá à criação de emprego e à diversificação e crescimento do tecido económico local, ao mesmo tempo que cumpre com as metas de geração renovável de eletricidade e neutralidade carbónica.

Também na Europa estamos a investir no negócio da economia circular. Temos uma fábrica de biodiesel na Maia e outros projetos, dentro da mesma área, na Europa Central. Procuramos que a nossa atuação crie oportunidades que melhorem a qualidade de vida das pessoas, enquanto contribuem para uma economia mais inclusiva. Ao integrarmos práticas sustentáveis nas nossas operações, respondemos, por um lado, à urgência ambiental, mas, por outro, geramos riqueza social. A sustentabilidade e o desenvolvimento económico não são mutuamente exclusivos, são aliados poderosos.

A sustentabilidade é um pilar fundamental no nosso modus operandi. Estamos determinados em liderar pelo exemplo, em ser agentes de mudança em diversas regiões do planeta, contribuindo para um futuro mais sustentável a nível global. Esta abordagem transcultural é vital. Acreditamos que os desafios ambientais não podem ser enfrentados isoladamente, mas sim através de um esforço concertado entre os Estados, as empresas e a sociedade civil.