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sustentabilidade ambiental | Painel de Notícias

Enzima que devora plástico poderá ser solução para poluição com este material


CIENTISTAS DOS ESTADOS UNIDOS, da Coreia do Sul e da União Europeia estão a utilizar machine learning para desenvolver enzimas para quebrar as moléculas de tereftalato de polietileno (PET), o plástico comummente usado em embalagens de consumo, como garrafas de água, caixas de alimentos e muitos outros tipos de recipientes, que é responsável por mais de 10% de todos os resíduos globais. Descobertas pela primeira vez há mais de 20 anos numa pilha de folhas em decomposição, algumas bactérias usam essas enzimas para quebrar a cera da cutícula das folhas caídas das árvores.

A poluição com plásticos constitui hoje um enorme desafio ambiental, contribuindo para a proliferação de aterros e de ilhas deste material nos oceanos de todo o mundo. Como o plástico não se degrada naturalmente, da mesma forma que a madeira apodrece ou o metal enferruja, o seu impacto é sentido por anos. Além disso, menos de 10% do plástico em todo o mundo é reciclado.

Normalmente, os plásticos são simplesmente queimados para serem removidos. Este processo consome muita energia e polui significativamente a atmosfera com resíduos tóxicos. A alternativa da reciclagem também está longe de ser ideal, porque o processo implica o uso de grande quantidade de energia. A utilização das enzimas reduz significativamente os custos e o tempo do processamento e decomposição dos plásticos. A tecnologia está a ser desenvolvida há mais de uma década e a ser adotada por países como a França, que pretende ter uma instalação de biorreciclagem de plástico totalmente dedicada na parte nordeste do país até 2025.