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especial transformação digital | casos de sucesso

SoftFinança investe no caribe

Luís Teodoro, administrador da SoftFinança

Tecnológica nacional prepara-se para abrir escritórios na República Dominicana, para acompanhar de mais perto o crescimento que está a decorrer na área financeira desta região do continente americano



ASoftFinança prepara-se para abrir, até ao final deste ano, escritórios na República Dominicana, para trabalhar, a partir daí, todo o mercado da zona caribenha. Depois de ter iniciado o processo de internacionalização da empresa no Senegal, há quase três anos, este passo é, para Luís Teodoro, um dos seus administradores, um avanço lógico para uma zona do planeta “que está a crescer bastante na área financeira e nós temos estado a acompanhar”.

Processo dinâmico

A empresa nasceu há 30 anos, com o foco no desenvolvimento de software para os ATM em Portugal. Luís Teodoro conta que a transformação digital começou em Portugal quando as primeiras caixas automáticas, ATM (Automatic Teller Machine), ou de self-service foram introduzidas no mercado nacional, em 1982 (Chave 24). Mais tarde foram implementadas as primeiras aplicações de banco online e depois as de mobile banking e o mobile finance. “A SoftFinança acompanhou sempre esta viagem, tendo sido responsável pela introdução destes projetos na banca portuguesa”, conta o administrador, explicando que a empresa tem trabalhado, até há alguns anos, quase em exclusivo com bancos e algumas seguradoras. Mas “recentemente diversificámos o nosso negócio para as áreas da saúde e do retalho”, diz.

Luís Teodoro defende que a transformação digital é um processo dinâmico, acelerado recentemente por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus. “A banca digital já existe há muitos anos e as suas funcionalidades são, grosso modo, as mesmas”, explica, acrescentando que o número de utilizadores cresceu significativamente devido aos efeitos da pandemia e que isso gerou a oportunidade de as empresas tecnológicas massificarem funcionalidades utilizadas até agora de forma residual por várias faixas de clientes e público em geral.

Há várias análises realizadas a nível nacional, pelo Governo e consultoras, que apontam para crescimentos elevados da utilização do home banking e do e-commerce, entre outros, na situação atual.

A edição de 2020 do Estudo sobre a Economia Digital, da Acepi, Associação Economia Digital, por exemplo, revela que a intensidade de compras na internet cresceu, com 73% dos compradores online a fazerem, em média, mais do que três a cinco vezes compras por mês. Uma percentagem significativa, de cerca de 60%, aumentou o valor das suas compras através da internet e fá-lo agora mais em lojas online portuguesas e menos em sites estrangeiros, sobretudo por ter aumentado o número de lojas online portuguesas disponíveis. “Em alguns sectores de atividade, o crescimento das compras através do formato digital evoluiu para o dobro”, conta Luís Teodoro.

Empresa alargou recentemente o seu negócio para as áreas da saúde e retalho

Funcionalidades invulgares

No seguimento de uma parceria estabelecida com a Mastercard, que lhe permitiu dominar o conjunto de ferramentas desta empresa, a SoftFinança desenvolveu, há seis anos, a primeira wallet para a Unicre oferecer aos bancos. Trata-se de uma aplicação que permite guardar os cartões de débito, crédito, pré-pagos, de cliente, de embarque, bilhetes de cinema, cupões, vales-oferta, cartões de identificação de estudante e muito mais num único local. “A Sonae, que estava, na altura, a lançar a Sonae Financial Service, interessou-se pelo projeto”, conta Luís Teodoro, acrescentando que foi assim que foram escolhidos como parceiros para desenvolver toda a parte tecnológica da relação com o cliente do Cartão Universo. Está instanciado fora de Portugal, na Mastercard, algo que não é vulgar nas instituições financeiras portuguesas.

“Nós desenvolvemos todas as aplicações, quer as de front office, que o cliente vê, quer as mobile, que estão no telefone”, explica, acrescentando que servem para os clientes gerirem os seus cartões e incluem, no caso da marca Universo, um conjunto de funcionalidades invulgares na banca portuguesa. Exemplo disso é a possibilidade de inibir ou desinibir o cartão para um determinado país. Por precaução, o seu utilizador pode colocar o cartão só a funcionar em Portugal, para prevenir, em caso da sua clonagem, haver transações inadvertidas fora do país. Mas qualquer outro pode ser habilitado no cartão mal se aterre no destino, desde que haja internet no telefone. O Cartão Universo também permite a criação de alertas, através de SMS, quando há movimentos superiores a determinado montante, por exemplo, 10 euros. Mas o valor pode ser alterado rapidamente em qualquer altura.

E-commerce na saúde

Na área da saúde, a SoftFinança desenvolveu uma solução de e-commerce para a Addo Pharm, associação com cerca de 300 farmácias, totalmente independentes e autónomas, que partilham as mesmas práticas de gestão na sua atividade diária. Integrada numa estratégia global de digitalização desta organização, inclui a oferta integral de produtos de farmácia de venda livre.

No início do ano passado já tinha sido criada para a Associação de Desenvolvimento da Baixa Chiado, de Lisboa, uma plataforma onde todas as lojas desta zona da cidade estão identificadas pelo seu logótipo, o que permite a cada cliente entrar em cada uma delas, ver o que têm e comprar os seus produtos. “Aqui a lógica é a mesma que se passa quando percorremos uma rua da Baixa e entramos na loja X, aquela que gostamos porque tem as coisas que queremos e as suas pessoas são simpáticas”, explica Luís Teodoro.

Atualmente estão a ser desenvolvidos novos projetos. Um na área do retalho alimentar, que irá ver a luz do dia no final do ano, e outro na área da distribuição, que deverá estar implementado no primeiro trimestre do próximo ano. O crescimento da empresa, em paralelo com a situação de pandemia que ainda ocorre no país, levaram ao investimento no aumento da área de escritórios em Lisboa para o dobro, também para melhorar as condições de segurança e proporcionar conforto aos colaboradores. Por outro lado, o número de colaboradores cresceu significativamente nos últimos seis anos e Luís Teodoro espera que aumente ainda mais à medida que a empresa se internacionalize. “É nos escritórios centrais que irá continuar a decorrer o desenvolvimento dos nossos projetos e produtos”, afirma, referindo ainda que o apoio aos clientes, as implementações e a parte comercial irá ser feita pelas equipas dos escritórios de cada país.