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e eficiência energética | Entrevista

Nhood quer criar impacto positivo nas cidades

Carlos David, Development and Promotion Director da Nhood Portugal

Criar, revitalizar e transformar locais e cidades para uma nova visão urbana, que combine valor, sustentabilidade e comunidade, é a missão da Nhood Portugal, uma nova plataforma de soluções imobiliárias que tem Carlos David como Development and Promotion Director





A Nhood afirma-se como uma empresa global de soluções imobiliárias com foco na sustentabilidade. Como é que essa abordagem se materializa?

Somos uma plataforma de serviços e soluções imobiliárias em projetos de uso misto que se propõe trabalhar numa perspetiva de transformação e regeneração das cidades. Reunimos as principais áreas de negócio do sector imobiliário com soluções para apoiar e aconselhar as empresas, marcas e parceiros público e privados proprietários de imóveis na criação de valor dos seus ativos e para organizar, cocriar e transformar os seus espaços em locais com vida, abertos a todos e mais sustentáveis.

A nossa operação assenta no conceito do triplo impacto positivo – Pessoas, Planeta e Proveitos. O foco está, assim, na transformação dos locais, regenerando as vivências da comunidade, ligando os lugares à sua envolvência e ambiente, desenvolvendo novos bairros, em que a comunidade ganha vida e encontra o que procura.

Criamos espaços que geram comunidades ativas, cidades sustentáveis e um planeta melhor para todos. Para isso, trabalhamos com parceiros, organizações e equipas que partilhem do mesmo compromisso, em prol da prosperidade. Para nós, o investimento só faz sentido se estiver garantida a criação de impacto positivo.

Com o conceito da “cidade dos 15 minutos” e as mesmas a tornarem-se cada vez mais sustentáveis, qual deve ser o papel do imobiliário na definição desta nova visão urbana?

Acreditamos que a evolução das cidades está interligada ao conceito da “cidade dos 15 minutos”, onde existe um foco claro na flexibilidade do uso dos espaços, na proximidade entre as diferentes dimensões (casa, trabalho, retalho, lazer, etc.) ou na forma como é privilegiada a mobilidade suave.

As pessoas procuram cada vez mais ter tudo por perto para tirarem o máximo partido da vida do dia a dia. A pé ou de bicicleta, a qualidade de vida está a 15 minutos de distância, num conceito sustentável que devolve a cidade às pessoas. Na Nhood Portugal trabalhamos precisamente neste sentido de criar, revitalizar e transformar locais e cidades para uma nova visão urbana, que combina valor, sustentabilidade e comunidade, num equilíbrio que traz benefícios para todos. O imobiliário tem um papel ativo nesta mudança e contribui, desde logo, para a evolução de projetos de uso misto, que visam precisamente dar aos espaços uma multifuncionalidade, para que possam ser usados por diferentes pessoas, para diferentes necessidades. Os espaços deixam de ter uma única finalidade para passarem a reunir várias funções essenciais da cidade, garantindo uma maior proximidade e resposta aos novos estilos de vida dos cidadãos.

Pensar a eficiência energética na fase de desenvolvimento dos projetos imobiliários, assegurando assim a eficiência de gestão dos edifícios, é o caminho para mudar o cenário atual?

É crucial para mudar o cenário atual e contribuir positivamente para a transformação das cidades, tornando-as mais sustentáveis, conscientes e acessíveis. Para nós, só faz sentido investir em projetos imobiliários numa lógica de criação de impacto positivo. Isto aplica-se tanto a projetos imobiliários concebidos de raiz como a projetos de revitalização e regeneração.

A eficiência energética e a componente de sustentabilidade devem ser estruturadas na fase de projeto, para assegurar a otimização de recursos desde o início e para antecipar problemas na vivência dos edifícios, como, por exemplo, prever necessidades e soluções de mobilidade.

Por um lado, temos a componente urbana, em que a equipa se foca no planeamento e no impacto no território, construindo uma urbanística que pense na mobilidade suave, na potencialização da melhor exposição solar dos edifícios, no impacto sobre a topografia dos terrenos, na mitigação da pegada carbónica, entre outros eixos. Numa outra vertente surge o edifício em si, cujo foco é na vivência e no interior do mesmo e nas exigências construtivas. Procuramos soluções adequadas ao local e tecnicamente inteligentes, selecionando materiais de construção locais (para mitigar o impacto do transporte) e amigos do ambiente. Um exemplo é a aplicação de cortiça em fachadas que é produzida localmente e que tem um propósito visual e arquitetónico, mas também um propósito técnico, pois serve de isolamento térmico.

Ainda em relação aos projetos que trabalhamos, eles contam obrigatoriamente com referenciais de certificação ambiental a nível internacional e/ou nacional. Todos os projetos de referência que vamos desenvolver de raiz cumprem com a certificação internacional BREEAM, o mais importante selo ambiental de avaliação da sustentabilidade na construção de edifícios.

Como se relacionam com a tecnologia?

A tecnologia assume um papel muito importante ao potenciar a gestão inteligente dos edifícios. Não queremos tecnologia por ser tecnologia, mas sim porque cumpre um verdadeiro propósito de eficiência energética. O mercado tem de passar da lógica do edifício que é inteligente porque se consegue autogerir para a lógica do edifício que é inteligente porque consegue perceber as suas necessidades em função dos utilizadores. Para nós, trabalhar com base nas pessoas é um eixo crucial da eficiência energética, por exemplo ao gerirmos a iluminação dos parques de estacionamento em função do trajeto do utilizador pelo espaço ou pelos lugares livres e ocupados.

“Só faz sentido investir em projetos imobiliários numa lógica de criação de impacto positivo”

Temos vários exemplos de projetos que sublinham o impacto positivo que geramos, como no Centro Comercial Alegro Montijo, onde potenciámos a mobilidade de baixo impacto ambiental ao instalar uma solução de produção de energia renovável que alimenta uma infraestrutura de carregamento elétrico.

Esta forma de gestão é possível porque trabalhamos projetos em cocriação e envolvemos diferentes players. Por exemplo, interagir com os poderes locais permite-nos conhecer melhor as especificidades dos territórios e os planos para a evolução das cidades.

Qual a estratégia de crescimento da empresa para Portugal?

Portugal é um mercado estratégico a nível global devido ao seu potencial de aceleração da transformação das cidades. Perspetivamos na estratégia a cinco anos para o mercado nacional criar e transformar vários ativos imobiliários de uso misto em diferentes cidades no país, estando já identificadas oportunidades e projetos em mais de 15 localizações de norte a sul do país.

O plano de investimentos que a Nhood prevê gerir em nome do seu portefólio de clientes para os próximos cinco anos em Portugal é de cerca de 500 milhões de euros, com a criação de mais de três mil postos de trabalho associados. Temos também como ambição estratégica para o mercado português assegurar 100% de biodiversidade avaliada nos nossos projetos e 100% de projetos em cocriação com a cidade. Adicionalmente, estimamos que os nossos projetos representem mais de 1700 novas habitações no que à componente residencial diz respeito.

De que forma a Nhood vai contribuir para a transformação das cidades através da colaboração com os seus clientes?

Na Nhood Portugal desenvolvemos, comercializamos e gerimos espaços imobiliários em linha com os objetivos dos proprietários. Aceleramos a transformação destes ativos com vista à criação de impacto positivo a longo prazo para o planeta, pessoas e proveitos. Através de uma metodologia de construção de projetos baseada em observação e escuta permanentes, acompanhamos a evolução da vida urbana e das cidades, bem como as necessidades dos seus habitantes. Assim, oferecemos aos nossos clientes e parceiros soluções completas, que lhes permitem adequar-se e responder aos novos requisitos das comunidades, locais e cidades.

Com as cidades em contínua transformação e o surgimento de novas formas de interação dos cidadãos, é natural que os diferentes players procurem um suporte especializado de empresas como a Nhood para gerir, planear, desenvolver e operacionalizar os seus ativos da melhor forma. No nosso caso, fazemo-lo através da avaliação de todos os eixos, como, por exemplo, a gestão do tempo gasto nas deslocações para esse local, a multifuncionalidade que o espaço pode oferecer para responder a diferentes usos, a sua eficiência energética ou formas de potenciar vivências sociais.

Queremos contribuir para a transformação e revitalização dos bairros e cidades, apoiando os nossos clientes na gestão eficiente dos projetos com capacidade de antecipação e de adaptação em função do contexto. Ajudamos a estruturar estrategicamente e de raiz projetos imobiliários, assegurando que no centro está o impacto positivo.