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especial gestão de pessoas | entrevista

“O ISCTE tem uma marca e uma diáspora enormes”

O título é também a frase mais emblemática de José Crespo de Carvalho, presidente da Comissão Executiva do INDEG-ISCTE Executive Education. Ou talvez a ideia de uma formação de executivos à medida do ser humano, não sublimada, realista.



Com o que conta o projeto de formação de executivos do ISCTE?

Conta com a visão de que é possível ter em Portugal, e para o mundo, uma formação de executivos baseada na realidade não sublimada. Aprender com o real, usar casos e exemplos reais, feitos por pessoas e para empresas reais. Há um enorme cansaço com a palavra felicidade (sobretudo rápida). E as formas de sublimar o quotidiano com reais pouco reais e sempre extraordinários. A verdade é que temos problemas de todos os dias e questões que precisamos de resolver. A visão deste projeto revê-se precisamente na não sublimação. No real e prático. De resto, diria que é este o ADN do ISCTE e que tem de ser retomado. Nunca foi interrompido, porque vive nas pessoas e na comunidade de alumni, mas está adormecido. O ISCTE tem uma marca e uma diáspora enormes… gigantes. Um diamante em bruto.

Objetive um pouco mais…

Objetivo em quatro dimensões: primeiro, retomar o ADN do ISCTE em matéria de aproximação às empresas e à prática, envolvendo um redesenho estratégico (daí o mote Real-Life Learning); segundo, abrir a oferta formativa e de consultoria a novos produtos e formatos experienciais com dinâmicas, simulações e desafios, entre outros, por forma a impactar os participantes e providenciar soluções (e não pode ser só profissionalmente, mas também pessoalmente); terceiro, cocriar e desenvolver programas corporate que aumentem a exposição a empresas nacionais e internacionais, e, quarto, aumentar a abrangência geográfica e internacionalizar em matriz lusófona e anglo-saxónica por meio de parcerias, de programas e experiências conjuntas com universidades e/ou empresas.

“Precisamos de soluções para os problemas dos homens e das empresas”

Essa busca do real não é já uma sublimação de alguma coisa? Ou é oposição a outras escolas?

Não é sublimação, porque assente no dia a dia e na realidade das coisas não sublimadas. Não é oposição, mas a escolha deliberada de um sweet spot que seja identitário e condizente com o ADN que caracterizou a génese e a continuidade do ISCTE. Se há boa memória, só temos de a atualizar aos dias que correm e fazer dela o esteio do futuro. Sejamos diretos: não podemos viver apenas de comprimidos de inspiração. Precisamos de soluções para os problemas dos homens e das empresas. Simples.

E no futuro quem vencerá? Acha que há escolas melhor preparadas que outras?

Melhor ou pior preparadas, é uma questão subjetiva. O que não quero é uma escola de executivos sublimada e, sobretudo, só da minha cabeça. É preciso uma escola participada, partilhada, construída por todos, altruísta, empreendedora. Muitíssimo empreendedora. E uma escola com agenda coletiva e não com agendas próprias. Um ISCTE que seja ISCTE. Vivo. Assim só posso querer uma formação de executivos que seja uma ISCTE Executive Education “à la ISCTE”. À nossa maneira.

E...?

Estamos a caminhar para sermos nós… E aí seremos imbatíveis.